quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

O astrólogo do califa al-Mamoun

Faddel ben-Sahal, primeiro vizir do califa al-Mamoun, gozava de tal consideração desse monarca, que recebeu o título eminente de
Doul-riassatéh (senhor de dois comandos): este título designava o duplo poder que recebera graças a confiança que o califa depositava nele, colocando-o na chefia de todos os negócios do império, tanto civis como militares.

Texto de Bira Câmara

sexta-feira, 5 de abril de 2019

A lua no imaginário poético

Orestes Barbosa, no traço de Nassara
Uma verdadeira plêiade de poetas como Cruz e Souza, Bilac, Fernando Pessoa, Baudelaire, Manuel Bandeira, Paulo Bonfim, entre outros, cantaram a lua em seus poemas e a consagraram como o astro dos poetas, dos loucos e dos apaixonados.

Texto de Bira Câmara

segunda-feira, 5 de março de 2018

A astrologia nas obras de Shakespeare

 
As referências astrológicas são abundantes no texto shakespeareano, o que não é de se estranhar pois a astrologia - como a alquimia e o hermetismo em geral - fazia parte da cultura do século dezesseis e fascinava não só as classes mais baixas, como também a aristocracia, os artistas e filósofos. 

Texto de Bira Câmara

domingo, 4 de fevereiro de 2018

Walter Scott e o desencanto da astrologia

O célebre escritor escocês Walter Scott (1771-1832), criador do romance histórico, planejava escrever uma história cujo herói deveria ser um astrólogo, mas renunciou ao projeto depois de concluir que a astrologia já não tinha influência suficiente sobre os espíritos em geral nem mesmo para constituir o tema de um romance. 

Texto de Bira Câmara

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sirius, a estrela dos reis e morada dos deuses - I

Sirius é a maior e mais brilhante estrela nos céus, uma estrela binária, branca e amarela, situada na boca do cão maior (Canis Major). Na mitologia, Sirius tinha um papel importante e o simbolismo de Canis Major e seu brilho remonta pelo menos ao 3º milênio a. C.

Texto de Bira Câmara

Na astrologia e na poesia antigas há muitas referências às influências maléficas de Sirius: seu brilho era considerado sinal de augúrio maléfico para o homem mortal e também prenúncio de febres, pestilências e morte. “Quando sobe, a estrela do cão da constelação ardente traz seca e doenças mortais, e entristece o céu com sua luz desfavorável...” Mas esta fama odiosa da Estrela do Cão pode ter surgido por causa da péssima reputação do cachorro no Oriente, onde é visto como acirrado comedor de carniça e não tem o apreço que os cães gozam atualmente nos lares do Ocidente. 

Sirius, a estrela dos reis e morada dos deuses - II

Quando Alexandre o Grande conquistou o Egito, depois de um assédio de seis meses ao porto de Tiro, a tomada da cidade coincidiu com a data astronômica da ascensão da estrela Sirius, ausente do céu durante um longo período. Ao reaparecer no horizonte oriental, Alexandre interpretou a efeméride como um anúncio de que em breve usaria a tiara dos Faraós. Por causa disso, ele modificou o calendário grego para que o momento do nascer de Sirius marcasse o começo do ano novo como era feito no Egito.

Texto de Bira Câmara

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Tibério, astrólogo

O imperador romano Tibério não só consultava astrólogos, como também sabia fazer e interpretar horóscopos com grande perspicácia. Teve a seu serviço Trasilo, célebre astrólogo da época. Sua mãe, como era hábito entre os antigos romanos, consultou o adivinho Escribonius, antes mesmo dele nascer, e ouviu a profecia do futuro brilhante que estava reservado ao seu filho.


Texto de Bira Câmara

Tibério tinha fama de ser astrólogo perspicaz, como o demonstra um episódio narrado por Tácito. O imperador chamou Sérvius Galba para um colóquio e depois de o sondar sobre diversos assuntos disse-lhe, em grego: “Tu também, Galba, um dia experimentarás o império”, anunciando o poder tardio e breve de Galba, graças ao seu conhecimento da arte dos caldeus. Só não o condenou à morte porque sabia que ele alcançaria esta posição em idade avançada e, portanto, não se constituía ameaça para ele.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Camões e a astrologia

Como homem de seu tempo, Camões não era alheio à astrologia e encontramos muitas referências astrológicas nos seus versos épicos e líricos.

Texto de Bira Câmara

Segundo o escritor e astrólogo português Mario Saa (1893-1971), Camões nasceu no dia 23 de janeiro de 1524, precisamente às 20 horas e 40 minutos. 

sábado, 23 de janeiro de 2016

O quadro que é um tratado de astrologia

Leonardo da Vinci (1452-1519), além de artista genial, arquiteto, físico, engenheiro, astrônomo, inventor, escritor e músico, como homem do seu tempo não poderia deixar de interessar-se também pela astrologia. 

A astróloga brasileira Emma de Mascheville, através de um brilhante estudo, nos revelou que a sua tela “Última Ceia” contém um profundo significado astrológico. Há um simbolismo na composição do quadro, nas suas linhas, luzes e dimensões, que leva à conclusão de que foi concebido como se obedecesse a referências astronômicas e numero­lógicas. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A Igreja e a astrologia

Ao longo da Idade Média a Igreja nunca chegou a condenar expressamente a astrologia como um todo, mas perseguiu o charlatanismo e a crença deliberada no fatalismo astrológico total. Muitos padres e papas cultivaram a astrologia até a época moderna, embora oficialmente a Igreja desconfiasse da tentativa pagã de justificar as ações humanas por meio do determinismo planetário e estelar, o que implicava na negação da liberdade e, portanto, da responsabilidade do homem no mundo. Além disso, havia o risco de incentivar a adoração das divindades e potências sobrenaturais a que se atribui a regência dos astros. 

Texto de Bira Câmara

Os papas e a astrologia

A Idade Média é considerada como a fase áurea da astrologia, quando a doutrina astrológica penetrou até no Vaticano e vários papas como Silvestre II, se interessaram pela astrologia. Assim, não é de se estranhar que no final do século X, este pontífice cultivasse não só a astrologia como a alquimia e em sua casa podia ser vista uma estampa astrológica reproduzindo o sistema planetário descrito por Ptolomeu e que dominaria o Ocidente por muito tempo: a Terra no centro do Universo, rodeada por nove esferas concêntricas, representando planetas e constelações.


Texto de Bira Câmara

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dante e a astrologia

DANTE web

Dante Alighieri (1265-1321), também foi adepto da astrologia, que em sua época era ensinada na Universidade de Bolonha (desde 1125), onde ele estudou. Brunetto Latini, que havia sido o seu professor de eloqüência e retórica, fez o horóscopo de Dante. 


Texto de Bira Câmara

Sinal dos Tempos


O “causo” que vou contar não tem muito a ver com astrologia, mas não deixa de ser interessante para quem se interessa pelo lado anedótico do tema profecias. 


Texto de Bira Câmara

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A morte de Ivan, o Terrível

Ivan o Terrível (1530-1584), que livrou a Rússia dos selvagens conquistadores tártaros, fez jus a seu nome por conta do exagero de crueldade que usava nas suas matanças. Segundo palavras de Alexandre Dumas,”durante quatorze anos alcançou os primeiros graus do sublime; durante trinta, os últimos limites do horrível. Perto dele, Calígula é uma pomba; Nero, um carneiro”. 

Texto de Bira Câmara

terça-feira, 25 de junho de 2013

Evangeline Adams: a astrologia na Era do Rádio

Evangeline Adams (1865-1932), foi a primeira astróloga americana a tornar-se popular e conquistar respeito em todo o mundo, além de ser pioneira em manter um programa de rádio. Americanos de renome e visitantes europeus a consultavam no auge de sua fama. Nascida em 8 de fevereiro de 1865 ou 68 (Evangeline sempre mentiu a respeito de sua verdadeira data de nascimento), interessou-se pela astrologia muito jovem e começou a praticar astrologia em Boston. Era da mesma família de dois presidentes norte-americanos, John Adams e John Quincy Adams e chocou a sociedade conservadora da Nova Inglaterra ao decidir abraçar a profissão de astróloga.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Predições antológicas

gordiano 1

Conta-se que Gordiano, o velho, que havia sido governador da Grã-Bretanha romana em 216 e cônsul durante o reinado de Heliogábalo, um dia consultou um astrólogo sobre o destino de seu filho e ouviu em resposta que ele seria filho, pai de imperador e imperador também. E, como Gordiano risse, o astrólogo lhe mostrou a configuração dos astros, citando passagens de velhos livros, para provar que tinha dito a verdade. Predisse também ao velho e ao jovem, o dia e o gênero de suas mortes, os lugares onde morreriam, com firme convicção da verdade. Gordiano I, o velho, e Gordiano II - pai e filho -, tornaram-se imperadores, mas permaneceram no poder por um tempo ínfimo. Sendo o primeiro descendente de Trajano, foi nomeado imperador pelos africanos durante uma sublevação contra o imperador (Máximo Trácio) e governou apenas três semanas; em 238 foi derrotado em Cartago pelo procurador da Numídia. Neste mesmo ano, o filho morreu na defesa de Cartago. Sucedeu-os, Gordiano III, o piedoso, imperador de 238 a 244.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Previsão ao contrário

Um astrólogo do século XIX, redator de almanaques, em viagem pela Suiça, resolveu fazer um passeio pela montanha de manhã. O céu estava limpo e sem nuvens, e nosso turista estava prestes a sair quando o seu estalajadeiro o aconselhou a desistir do passeio.

– Acabo de consultar meu almanaque – disse-lhe o homem –, e tenho certeza que não vai demorar para chover.

Nosso viajante, conhecendo melhor que ninguém os absurdos das profecias contidas nos almanaques, não levou em conta a advertência. Saiu e, duas horas depois, caiu uma violenta tempestade que o obrigou a voltar à estalagem com as roupas ensopadas de água.

– Você tinha razão – disse ao estalajadeiro, logo ao entrar no hotel –; mas que almanaque maravilhoso é esse que você consulta?

– É o do astrólogo X. (que era o nome de nosso viajante); ele nunca me engana, pois este X. é tão mentiroso que seguindo as suas previsões ao contrário quase sempre eu acerto. O almanaque anunciava um tempo magnífico para hoje; não tinha razão em aconselhá-lo a não sair?


Albert Lévy, Curiosités Scientifiques, Paris / 1898, pág. 101 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Mundo vai acabar!

O fantasma do fim do mundo assombra a humanidade desde tempos imemoriais, paranóia estimulada por profetas, videntes e astrólogos dos quatro cantos do planeta. A história registra com abundância profecias sobre o fim do mundo e o efeito muitas vezes trágico provocado por elas. E mesmo com o fiasco de todas estas profecias, as pessoas continuam a levá-las à sério e a dar crédito aos loucos que se intitulam profetas.

Texto de Bira Câmara

terça-feira, 20 de outubro de 2009

PÍLULAS

Um astrólogo de Turim levantou o horóscopo da duquesa de Borgonha e previu que ela morreria aos vinte e sete anos de idade. Ela falava nisso constantemente e um dia disse ao seu marido: "Está se aproximando a data em que devo morrer; você não pode ficar sem esposa por causa de sua posição e de sua devoção conjugal; então eu lhe pergunto, com quem você se casará?" Ele respondeu: "Espero que Deus nunca me castigue tão cruelmente, fazendo-me assistir a sua morte; mas se essa desgraça é inevitável, eu não me casarei jamais, pois, oito dias depois, eu a seguirei no túmulo". E, com efeito, sete dias depois da morte da condessa, ele também morreu.

* * *

Charles II
, rei da Inglaterra, se fechava durante horas com o duque de Buckingham no afã de produzir ouro através da alquimia ou para tentar adivinhar o futuro pela leitura dos astros. Recomendaram-lhe o abade Pregnani, um químico competente e astrólogo reputado, que gozava de grande prestígio em Paris, particularmente junto às damas. Mas o abade teve uma desastrosa performance nas corridas de cavalo de New-Market, aonde o rei o havia levado: teve o cuidado de fazer o horóscopo dos cavalos que disputariam o prêmio, e perdeu muito dinheiro apostando sob a fé de suas próprias predições...

* * *

A condessa Potocka contou muito sériamente nas suas Memórias a profecia de um astrólogo em Poniatowski, na Cracóvia, no momento em que nascia o seu filho Stanislas: "Eu te saúdo, rei dos poloneses, eu te saúdo desde hoje, ainda que ignore a ascensão a que você está predestinado, e as desgraças que se seguirão à ela." – disse o astrólogo. – Com efeito, Stanislas se tornou rei e a Polônia foi desmembrada durante o seu reinado.

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Um astrólogo chamado Barbé leu nos céus o destino quase real de Françoise d’Aubignéquando era ainda casada com o escritor humorista Paul Scarron, vinte cinco anos mais velho que ela. Depois de enviuvar, tornou-se amante de Luis XIV, que a desposou secretamente em 1683...

sábado, 17 de outubro de 2009

Excentricidades de Marte

Rhaeticus, Georg Joachim, nascido em 1514, foi o astrólogo discípulo de Copérnico a quem foi confiada a publicação de sua obra. Anexou ao sistema astronômico do mestre suas próprias predições e, no seu livro Narratio Prima, tentou provar que a data da segunda vinda de Cristo dependeria das variações de excentricidade da órbita terrestre. Deu também a estimativa da duração do mundo, seis mil anos, de conformidade com a profecia de Elias. 

O dilúvio de 1524

Em 1524 muitos astrólogos, como o alemão
Johannes Stöffler, prognosticaram um dilúvio de proporções mundiais que engoliria a humanidade, por conta de uma conjunção de todos os planetas em Peixes, no mês de fevereiro deste ano. A Europa inteira passou um ano de apreensão e nada aconteceu, o que não impediu os astrólogos a continuarem com suas previsões..
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O astrólogo que burlou Luís XI

Luís XI, rei da França de 1461 a 1483, foi um político hábil, mas cruel, despótico e sem escrúpulos. Conseguiu unificar a França e impor obediência aos senhores feudais, apoderando-se de boa parte de seus territórios para anexar à coroa. 

Este soberano era da opinião que “não sabia reinar quem não soubesse dissimular”. Praticamente acabou com o feudalismo na França, livrando-se dos senhores feudais pela violência quando a astúcia não era suficiente. Enfrentou e venceu quinhentos nobres que se organizaram contra ele. 

O cometa de Napoleão

No dia em que Napoleão nasceu, a 15 de agosto de 1769, um cometa foi visto a olho nu, prenunciando-lhe um destino excepcional. Ao morrer, em 5 de maio de 1821, outro cometa também foi visto nos céus. Este astro havia sido observado pela primeira vez em 11 de janeiro deste ano. 

Texto de Bira Câmara

A morte do rei Henrique IV da França foi anunciada por vários astrólogos, o que provocou um comentário irônico por parte deste soberano:


“Eles acertarão um dia e o povo se lembrará melhor dessa única vez em que a predição foi verificada, do que das inúmeras outras em que falharam”.

Maria Antonieta
(1755-1793), rainha da França durante o tumultuado período da revolução, nasceu no mesmo dia do terremoto de Lisboa. O astrólogo oficial da corte austríaca levantou o seu horóscopo e sua leitura foi tão negra que as festas normalmente realizadas para comemorar o nascimento de uma princesa real foram suspensas. Houve consternação na corte. E, de fato, poucos personagens tiveram uma vida tão trágica e infeliz quanto a de Maria Antonieta....

Um caso clássico de “gêmeos astrais”

Humberto I
(1844-1900), rei da Itália, não teve nada a ver com a astrologia, mas sua vida até hoje é lembrada pelos astrólogos, para ilustrar um caso de “gêmeos astrais”.

Conta-se que ele foi apresentado a um súdito que tinha muita semelhança física com ele. Depois de uma investigação, soube-se que este homem tinha nascido no mesmo dia e na mesma hora que o Rei, casara com uma mulher com o mesmo nome da Rainha e ambos tinham um filho chamado Vitório. 

Não bastasse isso, o súdito começara seu negócio no mesmo dia em que o Rei assumira o trono. 

Quando estava em Monza, Humberto soube que aquele homem tomaria parte num torneio de tiro no qual ele faria a entrega dos prêmios e manifestou o desejo de encontrar-se novamente com o seu sósia. Mas, perto da hora do encontro, o Rei foi informado que o sósia morrera num disparo acidental ao limpar a arma. E antes que pudesse chegar à cena do acidente, o próprio Humberto foi assassinado por um anarquista.

A ASTRÓLOGA QUE PREVIU A ASCENSÃO DE HITLER

  Elsbeth Ebertin, (1880-1944), astróloga alemã nascida em Munique, ficou célebre em 1923 depois de ter publicado o seu almanaque anual de p...