domingo, 3 de abril de 2022
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
EDITORIAL
Texto de Bira Câmara
domingo, 23 de janeiro de 2022
A astrologia no teatro do século XVII
Em meados do século XVII, a astrologia já não gozava do mesmo prestígio que teve na Idade Média e Renascença entre o público letrado. Com a fundação da Academia das Ciências na França em 1666, Colbert (ministro das finanças de Luís XIV) excluiu a astrologia das disciplinas oficialmente reconhecidas, sob a alegação de que não tinha fundamento científico. Este evento marcou o descrédito da astrologia no mundo acadêmico e, logo em seguida, os países católicos retiraram a cadeira desta matéria das suas universidades.
Texto de Bira Câmara (publicado originalmente em 28-11-2008, no endereço anterior do Astroanedotário)
sábado, 22 de janeiro de 2022
A Estrela de Caxias
Em 19 de março de 1843, o Duque de Caxias (então Barão), na Presidência e Comando das Armas da Província do Rio Grande do Sul, iniciava a marcha triunfal que colocaria fim à Guerra dos Farrapos, uma luta fratricida que já durava 8 anos. O Exército que iria comandar estava a pé, no Passo São Lourenço, e, para remontá-lo executou uma ousada e bem sucedida manobra, transportando por grande distância (desde o Rincão dos Touros em Rio Grande, passando por Pelotas, São Lourenço, Camaquã e Tapes), 7.000 cavalos que devolveram a mobilidade àquelas tropas cujo comando lhe fora destinado.
Neste dia, “seus soldados divisaram nos céus um fenômeno jamais visto. Era um enorme cometa que os soldados logo batizaram – É a boa estrela do nosso general barão de Caxias! É a Estrela de Caxias!”sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
Alexandre o Grande, destino escrito nas estrelas
Como todos os grandes conquistadores e homens predestinados, Alexandre, o Grande (356-323 a.C.) teve um nascimento cercado de prodígios e sinais anunciadores do seu futuro brilhante. Era filho do rei da Macedônia, Felipe, e de Olímpias, sacerdotisa de um culto dedicado a orgias sagradas na Samotrácia. Segundo Plutarco, durante as cerimônias deste culto ela dançava envolvida por serpentes domesticadas.
Texto de Bira Câmara
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
O horóscopo do filho do rei Alcaraz
No Libro de buen amor (1330 y 1343), um clássico da literatura espanhola medieval, o seu autor - Juan Ruiz, Arcebispo de Hita, (1283-1350) - relata o triste destino do filho do rei mouro Alcaraz. Nosso destino é regido pela posição das estrelas, nos diz ele, e para provar sua afirmação conta esta história nas estrofes 129-139 de sua obra.
Quando seu filho nasceu, este rei chamou cinco astrólogos para levantar o horóscopo do menino. "Morrerá apedrejado", disse um deles; "há de ser queimado", afirmou outro; "o menino será jogado num penhasco", sentenciou o terceiro; "o infante será enforcado", disse o quarto; "morrerá afogado", prognosticou o último. Diante de previsões tão contraditórias, o rei considerou seus astrólogos impostores e mandou encarcerá-los.
sexta-feira, 9 de abril de 2021
La Noche Triste de Cortés
Hernán Cortés, o célebre conquistador espanhol, tinha um astrólogo entre os seus guerreiros, figura temida e respeitada, que foi um dos protagonistas do célebre episódio que passou para a história como A Noite Triste.
Texto de Bira Câmara, extraído do Livro “Astroanedotário”
A história da conquista do México é recheada de histórias e lendas, algumas das quais, apesar de serem aceitas como verídicas acabaram refutadas pelos historiadores. Este é o caso das lágrimas derramadas por Hernán Cortés ao pé de um cipreste na célebre Noche Triste.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
O astrólogo do califa al-Mamoun
Faddel ben-Sahal, primeiro vizir do califa al-Mamoun, gozava de tal consideração desse monarca, que recebeu o título eminente de Doul-riassatéh (senhor de dois comandos): este título designava o duplo poder que recebera graças a confiança que o califa depositava nele, colocando-o na chefia de todos os negócios do império, tanto civis como militares.
Texto de Bira Câmara
sexta-feira, 5 de abril de 2019
A lua no imaginário poético
segunda-feira, 5 de março de 2018
A astrologia nas obras de Shakespeare
As referências astrológicas são abundantes no texto shakespeareano, o que não é de se estranhar pois a astrologia - como a alquimia e o hermetismo em geral - fazia parte da cultura do século dezesseis e fascinava não só as classes mais baixas, como também a aristocracia, os artistas e filósofos.
Texto de Bira Câmara
domingo, 4 de fevereiro de 2018
Walter Scott e o desencanto da astrologia
O célebre escritor escocês Walter Scott (1771-1832), criador do romance histórico, planejava escrever uma história cujo herói deveria ser um astrólogo, mas renunciou ao projeto depois de concluir que a astrologia já não tinha influência suficiente sobre os espíritos em geral nem mesmo para constituir o tema de um romance.
Texto de Bira Câmara
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Sirius, a estrela dos reis e morada dos deuses - I
Sirius é a maior e mais brilhante estrela nos céus, uma estrela binária, branca e amarela, situada na boca do cão maior (Canis Major). Na mitologia, Sirius tinha um papel importante e o simbolismo de Canis Major e seu brilho remonta pelo menos ao 3º milênio a. C.
Texto de Bira Câmara
Na astrologia e na poesia antigas há muitas referências às influências maléficas de Sirius: seu brilho era considerado sinal de augúrio maléfico para o homem mortal e também prenúncio de febres, pestilências e morte. “Quando sobe, a estrela do cão da constelação ardente traz seca e doenças mortais, e entristece o céu com sua luz desfavorável...” Mas esta fama odiosa da Estrela do Cão pode ter surgido por causa da péssima reputação do cachorro no Oriente, onde é visto como acirrado comedor de carniça e não tem o apreço que os cães gozam atualmente nos lares do Ocidente.
Sirius, a estrela dos reis e morada dos deuses - II
Quando Alexandre o Grande conquistou o Egito, depois de um assédio de seis meses ao porto de Tiro, a tomada da cidade coincidiu com a data astronômica da ascensão da estrela Sirius, ausente do céu durante um longo período. Ao reaparecer no horizonte oriental, Alexandre interpretou a efeméride como um anúncio de que em breve usaria a tiara dos Faraós. Por causa disso, ele modificou o calendário grego para que o momento do nascer de Sirius marcasse o começo do ano novo como era feito no Egito.
Texto de Bira Câmara
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Tibério, astrólogo
O imperador romano Tibério não só consultava astrólogos, como também sabia fazer e interpretar horóscopos com grande perspicácia. Teve a seu serviço Trasilo, célebre astrólogo da época. Sua mãe, como era hábito entre os antigos romanos, consultou o adivinho Escribonius, antes mesmo dele nascer, e ouviu a profecia do futuro brilhante que estava reservado ao seu filho.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Camões e a astrologia
Como homem de seu tempo, Camões não era alheio à astrologia e encontramos muitas referências astrológicas nos seus versos épicos e líricos.
sábado, 23 de janeiro de 2016
O quadro que é um tratado de astrologia
Leonardo da Vinci (1452-1519), além de artista genial, arquiteto, físico, engenheiro, astrônomo, inventor, escritor e músico, como homem do seu tempo não poderia deixar de interessar-se também pela astrologia.
A astróloga brasileira Emma de Mascheville, através de um brilhante estudo, nos revelou que a sua tela “Última Ceia” contém um profundo significado astrológico. Há um simbolismo na composição do quadro, nas suas linhas, luzes e dimensões, que leva à conclusão de que foi concebido como se obedecesse a referências astronômicas e numerológicas.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
A Igreja e a astrologia
Ao longo da Idade Média a Igreja nunca chegou a condenar expressamente a astrologia como um todo, mas perseguiu o charlatanismo e a crença deliberada no fatalismo astrológico total. Muitos padres e papas cultivaram a astrologia até a época moderna, embora oficialmente a Igreja desconfiasse da tentativa pagã de justificar as ações humanas por meio do determinismo planetário e estelar, o que implicava na negação da liberdade e, portanto, da responsabilidade do homem no mundo. Além disso, havia o risco de incentivar a adoração das divindades e potências sobrenaturais a que se atribui a regência dos astros.
Texto de Bira Câmara
Os papas e a astrologia
A Idade Média é considerada como a fase áurea da astrologia, quando a doutrina astrológica penetrou até no Vaticano e vários papas como Silvestre II, se interessaram pela astrologia. Assim, não é de se estranhar que no final do século X, este pontífice cultivasse não só a astrologia como a alquimia e em sua casa podia ser vista uma estampa astrológica reproduzindo o sistema planetário descrito por Ptolomeu e que dominaria o Ocidente por muito tempo: a Terra no centro do Universo, rodeada por nove esferas concêntricas, representando planetas e constelações.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Dante e a astrologia
Dante Alighieri (1265-1321), também foi adepto da astrologia, que em sua época era ensinada na Universidade de Bolonha (desde 1125), onde ele estudou. Brunetto Latini, que havia sido o seu professor de eloqüência e retórica, fez o horóscopo de Dante.
Sinal dos Tempos
O “causo” que vou contar não tem muito a ver com astrologia, mas não deixa de ser interessante para quem se interessa pelo lado anedótico do tema profecias.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
A morte de Ivan, o Terrível
Ivan o Terrível (1530-1584), que livrou a Rússia dos selvagens conquistadores tártaros, fez jus a seu nome por conta do exagero de crueldade que usava nas suas matanças. Segundo palavras de Alexandre Dumas,”durante quatorze anos alcançou os primeiros graus do sublime; durante trinta, os últimos limites do horrível. Perto dele, Calígula é uma pomba; Nero, um carneiro”.
Texto de Bira Câmara
terça-feira, 25 de junho de 2013
Evangeline Adams: a astrologia na Era do Rádio
domingo, 29 de janeiro de 2012
Predições antológicas
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Previsão ao contrário
Um astrólogo do século XIX, redator de almanaques, em viagem pela Suiça, resolveu fazer um passeio pela montanha de manhã. O céu estava limpo e sem nuvens, e nosso turista estava prestes a sair quando o seu estalajadeiro o aconselhou a desistir do passeio.
– Acabo de consultar meu almanaque – disse-lhe o homem –, e tenho certeza que não vai demorar para chover.
Nosso viajante, conhecendo melhor que ninguém os absurdos das profecias contidas nos almanaques, não levou em conta a advertência. Saiu e, duas horas depois, caiu uma violenta tempestade que o obrigou a voltar à estalagem com as roupas ensopadas de água.
– Você tinha razão – disse ao estalajadeiro, logo ao entrar no hotel –; mas que almanaque maravilhoso é esse que você consulta?
– É o do astrólogo X. (que era o nome de nosso viajante); ele nunca me engana, pois este X. é tão mentiroso que seguindo as suas previsões ao contrário quase sempre eu acerto. O almanaque anunciava um tempo magnífico para hoje; não tinha razão em aconselhá-lo a não sair?
Albert Lévy, Curiosités Scientifiques, Paris / 1898, pág. 101
segunda-feira, 23 de maio de 2011
O Mundo vai acabar!
O fantasma do fim do mundo assombra a humanidade desde tempos imemoriais, paranóia estimulada por profetas, videntes e astrólogos dos quatro cantos do planeta. A história registra com abundância profecias sobre o fim do mundo e o efeito muitas vezes trágico provocado por elas. E mesmo com o fiasco de todas estas profecias, as pessoas continuam a levá-las à sério e a dar crédito aos loucos que se intitulam profetas.
Texto de Bira Câmara
terça-feira, 20 de outubro de 2009
PÍLULAS
Charles II, rei da Inglaterra, se fechava durante horas com o duque de Buckingham no afã de produzir ouro através da alquimia ou para tentar adivinhar o futuro pela leitura dos astros. Recomendaram-lhe o abade Pregnani, um químico competente e astrólogo reputado, que gozava de grande prestígio em Paris, particularmente junto às damas. Mas o abade teve uma desastrosa performance nas corridas de cavalo de New-Market, aonde o rei o havia levado: teve o cuidado de fazer o horóscopo dos cavalos que disputariam o prêmio, e perdeu muito dinheiro apostando sob a fé de suas próprias predições...
sábado, 17 de outubro de 2009
Excentricidades de Marte
A ASTRÓLOGA QUE PREVIU A ASCENSÃO DE HITLER
Elsbeth Ebertin, (1880-1944), astróloga alemã nascida em Munique, ficou célebre em 1923 depois de ter publicado o seu almanaque anual de p...
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A “mais persistente alucinação do homem” segundo Franz Cumont, “puta da Babilônia”, “filha tola e infame da astronomia” segundo Kepler, “dam...