domingo, 23 de janeiro de 2022

A astrologia no teatro do século XVII

Em meados do século XVII, a astrologia já não gozava do mesmo prestígio que teve na Idade Média e Renascença entre o público letrado. Com a fundação da Acade­mia das Ciências na França em 1666, Colbert (ministro das finan­ças de Luís XIV) excluiu a astrologia das disci­plinas oficialmente reconhe­cidas, sob a alega­ção de que não tinha fundamento cien­tí­f­ico. Este evento marcou o des­crédito da astrologia no mundo acadêmico e, logo em seguida, os países católicos retiraram a cadeira desta ma­téria das suas universi­dades. 

Texto de Bira Câmara (publicado originalmente em 28-11-2008, no endereço anterior do Astroanedotário)

sábado, 22 de janeiro de 2022

A Estrela de Caxias


Em 19 de março de 1843, o Duque de Caxias (então Barão), na Presidência e Comando das Armas da Província do Rio Grande do Sul, iniciava a marcha triunfal que colocaria fim à Guerra dos Farrapos, uma luta fratricida que já durava 8 anos. O Exército que iria comandar estava a pé, no Passo São Lourenço, e, para remontá-lo executou uma ousada e bem sucedida manobra, transportando por grande distância (desde o Rincão dos Touros em Rio Grande, passando por Pelotas, São Lourenço, Camaquã e Tapes), 7.000 cavalos que devolveram a mobilidade àquelas tropas cujo comando lhe fora destinado.

Neste dia, “seus soldados divisaram nos céus um fenômeno jamais visto. Era um enorme cometa que os soldados logo batizaram – É a boa estrela do nosso general barão de Caxias! É a Estrela de Caxias!”

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Alexandre o Grande, destino escrito nas estrelas

Como todos os grandes conquistadores e homens predestinados, Alexandre, o Grande (356-323 a.C.) teve um nascimento cercado de prodígios e sinais anunciadores do seu futuro brilhante. Era filho do rei da Macedônia, Felipe, e de Olímpias, sacerdotisa de um culto dedicado a orgias sagradas na Samotrácia. Segundo Plutarco, durante as cerimônias deste culto ela dançava envolvida por serpentes domesticadas. 

Texto de Bira Câmara

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

O horóscopo do filho do rei Alcaraz

No Libro de buen amor (1330 y 1343), um clássico da literatura espanhola medieval,  o seu autor -  Juan Ruiz, Arcebispo de Hita, (1283-1350) - relata o triste destino do filho do rei mouro Alcaraz. Nosso destino é regido pela posição das estrelas, nos diz ele, e para provar sua afirmação conta esta história nas estrofes 129-139 de sua obra.

Quando seu filho nasceu, este rei chamou cinco astrólogos para levantar o horóscopo do menino. "Morrerá apedrejado", disse um deles; "há de ser queimado", afirmou outro; "o menino será jogado num penhasco", sentenciou o terceiro; "o infante será enforcado", disse o quarto; "morrerá afogado", prognosticou o último. Diante de previsões tão contraditórias, o rei considerou seus astrólogos impostores e mandou encarcerá-los.

A ASTRÓLOGA QUE PREVIU A ASCENSÃO DE HITLER

  Elsbeth Ebertin, (1880-1944), astróloga alemã nascida em Munique, ficou célebre em 1923 depois de ter publicado o seu almanaque anual de p...