astroanedotario: 2003

sábado, 11 de outubro de 2003

Hypatia de Alexandria, mártir da ciência

Hypatia, tela de Rafael Sanzio

Para os cristãos ela era “uma abominável mensageira do inferno”, mas passou para a história como uma das últimas expoentes da filosofia pitagórica, e a primeira mulher que deu contribuições consideráveis à ciência da matemática

Texto de Bira Câmara

Com a ascensão do Cristianismo e o declínio do Império Romano do Ocidente, a cultura e a ciência grega tornam-se mal vistas. Em 415, Hypatia de Alexandria, matemática proeminente, filósofa, astrônoma e astróloga foi arrastada da sua carruagem e selvagemente linchada por uma turba de fanáticos cristãos. Uma das últimas expoentes da filosofia pitagórica, ela é considerada como a primeira mulher que deu contribuições consideráveis à ciência da matemática.

segunda-feira, 29 de setembro de 2003

OANNES, A ORIGEM ANEDÓTICA DA ASTROLOGIA

A origem da astrologia remonta aos primórdios da humanidade. Segundo Berósis, o sacerdote caldeu que a introduziu na Grécia no século III A.C., ela foi transmitida aos homens por um ser fantástico, metade peixe e metade homem, que emergiu do oceano e ensinou tudo o que é humano ao homo sapiens, há mais de 5.000 anos atrás. De acordo com esta lenda, Oannes transmitiu aos sumerianos as letras, as artes e as ciências. Isso aconteceu na Babilônia, naquela região onde a civilização começou e que atualmente compreende o deserto do Kuwait, o Irã e o Iraque, exatamente onde a tradição situa também a localização geográfica do bíblico jardim do Éden.

Texto de Bira Câmara

O COMETA DE 1664

No passado, a aparição

de um cometa nos céus

espalhava o pânico, devido

a antiga crença de que

eram portadores de

desgraças e anunciavam

a morte dos soberanos.

Em 1664, a passagem

de um cometa foi

associada à terrível

epidemia de peste

bubônica que assolou

Londres no ano seguinte

e matou um habitante

em cada cinco. Este

mesmo cometa levou o

rei de Portugal, Afonso VI,

a um rasgo de heroísmo:

do terraço de seu palácio,

apontou uma pistola para

o astro e desafiou-o

lançando-lhe furiosas

imprecações...

Leão X (João de Médicis),
papa de 1513 a 1521, teve

sua ascensão ao papado

prognosticada por um

monge chamado Serafim,

famoso pelos seus

conhecimentos de teologia,

astrologia e quiromancia.

O futuro papa recusou-se

a acreditar na predição,

pois achava isso impossível

devido a sua pobreza,

além de ser então muito

jovem e portador de uma

enfermidade nos olhos.

Mas Serafim manteve a

predição que se realizou

em um ano. Leão X foi

eleito papa com 38 anos,

o que era muito raro na

época. Quis recompensar

o monge-astrólogo, mas

este recusou qualquer

dádiva pessoal e pediu

ao papa que mandasse

restaurar um monastério.

BIBLIOGRAFIA

Fontes consultadas:

A. Bouché-Leclércq, “L’Astrologie Dans Le Monde Romain”, Paris 1897, arquivo PDF, Biblioteca Nacional Francesa

A. Bouché-Leclércq, “Les Précurseurs de L’Astrologie Grecque” (Revue de L’Histoire des Religions),

Ernest Leroux Ed., Paris 1897, arquivo PDF, BNF

André Barbault, “El Conocimiento de la Astrologia”, Ed. Dédalo, Buenos Aires, 1979

Alexandre Herculano, “História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal”,

Livros V e VI, Publicações Europa-América, Lisboa

Alfred Maury, “Magia e Astrologia”, Ed. Artenova S.A., 1972

Alistair Kee, “Constantino Contra Cristo”, Ediciones

Arnold Lieber, “Influências da Lua”, Ed. Artenova S.A., 1979

Arthur Koestler, “Os Sonâmbulos”, Ibrasa, 1959

Balzac, “Catarina de Médicis”, Est. Filos., Vol XVI, Ed. Globo, 9a. Ed.

Benjamin Constant de Rebecque, “Wallstein” (Document électronique), tragédie en cinq actes et en vers ; précédée de Quelques réflexions sur le théâtre allemand ; et suivie de Notes historiques.

Bíblia Sagrada, Soc. Bíblica do Brasil, 1961

Calderón de La Barca, “La Vida es Sueño”, Electronic textby Vern G. Williamsen and J T Abraham,

www.coh.arizona.edu/spanish/comedia/comedia/html Charles Duclos, “Histoire de Louis XI” (Document électronique), BNF

Charles-François Dupuis, “Origine de Tous Les Cultes, ou Religion Universelle”, Paris 1822, arquivo PDF, BNF

Charles Jourdain, “Nicolas Oresme et les astrologues de la cour de Charles V”, Librairie de Victor Palmé Ed., Paris, 1875, arquivo PDF, BNF

Colin de Plancis, “Dictionnaire des Sciences Occultes”, Chez Éditeur, Paris, 1846, arquivo PDF, BNF

Conde de Sabugosa, Neves de Antanho, 2ª Ed., Portugal-Brasil Limitada, Lisboa, 1922

Dante Alighieri, “A Divina Comédia”, trad. J. P. Xavier Pinheiro, Cia. Brasil Ed., 1955

De Branthòme, “Oeuvres Complètes”, Paul Daffis Ed., Paris, MDCCCLXXV

Derek e Julia Parker, “O Grande Livro da Astrologia”, Círculo do Livro

Dicionário Prático Ilustrado, Lello & Irmão Ed.`, Porto, 1959

Dimitri Merejkowwski, “Juliano, o Apóstata”, Ed. Globo, 1945

Dion Cassius, “Histoire Romaine”

Edmundo Cardillo, “Aspectos Novos de Velhos Temas”, S. Paulo, 1950

Édouard Schuré, “Os grandes Iniciados”, 2° tomo, Ed. Org. Simões, 1952

Eileen Campbell e J. H. Brennan, “Dicionário da Mente, do Corpo e do Espírito”, Ed. Mandarim, 1997

Elizabeth Teissier, “O Significado da Astrologia”, Livraria Bertrand, 1979

Emma de Mascheville, “Elementos Básicos de Astrologia”, Escola Júpiter, 1980

Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, Ed. Verbo, Lisboa, 1984

Encyclopaedia Universalis, Éditeur À Paris, 1990

Frances Yates, “Giordano Bruno e a Tradição Hermética”, Cultrix, 1987

Franz Cumont, “L’Astrologie et la Magie”, (Revue de L’Histoire des Religions), Ernest Leroux Ed., Paris 1897, arquivo PDF, Biblioteca Nacional Francesa

Gaston Boissier, “La Fin du Paganisme”, Librairie Hachette, Paris, 1903

Gérard de Séde, “O Estranho Mundo dos Profetas”, Hemus Ed., 1984

Goethe, “Le Serpent Vert”, trad. de Oswald Wirth, Paris, 1922

Gore Vidal, “Juliano”, Ed. Rocco, 4a. Ed., 1986

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Ed. Enc. Ltda.

Grandes Personagens da História Universal, “Frederico II”, Abril Cultural, 1970

H. G. Wells, “História Universal”, Cia. Ed. Nacional, 7a. Ed., 1968

Jacques Sadoul, “O Enigma do Zodíaco”, Ed. Artenova S.A., 1973

Jacques Schwartz, “Claudius Balbillus, préfet d’Egypte et conseiller de Neron”, arquivo PDF, Bulletin de L’Institute Français de Archéologie Orientale

Jean-Michel Angebert, “Os Filhos Místicos do Sol”, Difel, 1976

Jean Paris, “Shakespeare”, José Olímpio Ed., 1992

Joan Quigley, “O que Joan disse?”, Edições Siciliano, 1990

John Anthony West e Jan Gerhard Toonder, “A Astrologia, História e Julgamento”, Ed. Artenova S.A., 1974

José Pijoan, “As Origens de Roma”, Antologia de vidas célebres, Ed. Logos, 1962

Jung, “Sincronicidade”, Ed. Vozes, 1984

Juvenal, “Sátiras”, Ed. Logos Ltda., 1959

Luciano de Samosata, De L’Astrologie, trad. de Émile Chambry Oeuvres Complètes, Ed. Garnier, 1934

Luís Tirapicos, “O cometa do vinho do Porto”, Centro Virtual Camões, www.instituto-camoes.pt/cvc/ 2003

Marcus Manillius, “Os Astrológicos, ou a Ciência Sagrada dos Céu”, Ed. Artenova S.A., 1974

Marie-Laure Freyburger-Galland, “Romans Devant les Catastrophes”, d’aprés Dion Cassius, arquivo PDF, Biblioteca Nacional Francesa

Mircéa Eliade, Hist. das Crenças e Idéias Religiosas, Tomo II, vol. 2

Nelson Travnik, “Os Cometas”, Papirus Ed., 2a Ed., 1985

Nick Campion, “Roman Astrology”, extract taken from “An Introduction to the History of Astrology”

Nigel Calder, “A Volta do Cometa”, Clube do Livro, 2º Ed., 1986, S. Paulo

Nouveau Larousse Illustré

Oliveira Lima, “História da Civilização”, 4a. Ed., Cia. Melhoramentos, S. Paulo, 1919

Omar Cardoso, “O Romance da Astrologia”

Oscar Matsuura, “Cometas: do mito à ciência”, Ícone Ed., 1985

Oswald Wirth, “Le Esoterisme de Le Serpent Vert”, Ed. , Paris, 1922

Pascale Maby, “Profetas, Videntes e Astrólogos”, Publicações Europa-América, 1977

P. Christian, “Histoire de la Magie”, Fourné, Jouvet Éditeurs, Paris, n/d.

P. Christian, “O Bruxo Vermelho de Napoleão” (trad. de Edmundo Cardillo), Ed. Mandala, 1974

Peter Brown, “O Fim do Mundo Antigo”, Ed. Verbo, Lisboa, 1972

Pierre Saintives, “L’Astrologie Populaire, L’Influence de la Lune, Folklore et Traditions”, Éditions du Rocher, Paris, 1937, arquivo PDF, Biblioteca Nacional Francesa

Plutarco, “Alexandre e Júlio César”, Atena Editora, 1958

Plutarco, “Rômulo”, Antologia de vidas célebres, Ed. Logos, 1962

René Alleau, verbete Astrologia, Encyclopaedia Universalis, Éditeur À Paris, 1990

R. Fiebcaist “Nem deuses, nem astronautas...”, Ed. Melhoramentos, 2a. Ed., 1975

Robert Ambelain, “Os Arcanos Negros do Hitlerismo”, José Olímpio Ed., 1995

Robert Ambelain, “Retorno a Alexandria”, José Olímpio Ed., 1996

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, “O Livro de Ouro do Universo”, Ediouro, 6a. Ed.

Ronaldo R. F. Mourão, “O Rastro do Cometa”, Ed. JB, 1985

Rudolf Thiel, “E a Luz se Fez”, Ed. Melhoramentos

Ruth Guimarães, “Dicionário de Mitologia Grega”, Cultrix, 1995

Ry Reed, “Astrologia da Alma”, Ed. Siciliano, 1991

Salomão Reinach, “Cultes, Mythes et Religions”, Ernest Leroux, Éditeur, Paris, 1905

Schiller, “La Muerte de Wallenstein”, arquivo PDF,

Serge Hutin, “História da Astrologia”, Edições 70, 1977

Serge Hutin, “A Tradição Alquímica”, Ed. Pensamento, 1983

Shakespeare, Obras

Symon de Phares, “Recueil des plus célebres astrologues et des hommes doctes”, Honoré Champion Éditeur, Paris, 1929

Suetônio, “A Vida dos Doze Cézares”, Athena Editora, 1937

Tácito, “Anais”, W. M. Jackson Inc. Ed., 1977

Vallet de Viriville, “Histoire de Charles VII et de son époque”, J. Renouard Ed., Paris, 1862, arquivo PDF, Biblioteca Nacional Francesa

Virgílio. Eneida. trad. David Jardim Júnior. Rio de Janeiro: Ediouro, [s.d.]

Walter Galvâni, “Nau Capitânia”, Ed. Record, 2000

William Congreve, Love for Love, E-text

Revistas e jornais:

Folha de S. Paulo, 09/12/1984, Cad. Educação, pág. 31 e 17/11/1985, Cad. Educação e Ciência, pág.35, “Planeta”, nº 33, junho de 1975, nº 92, maio de 1980, nº 93, junho de 1980, nº 123, dezembro de 1982, “Planeta Astrologia”, nº 112-A