Na sua obra, “Os Sonâmbulos”, Arthur Koestler descreve-o como “enfant terrible e doido inspirado”, além de ser homossexual. Como Giordano Bruno e Paracelso, era uma espécie de “cavaleiro errante da Renascença” e desempenhava a mais admirada função de qualquer homem do século dezesseis: professor de Matemática e Astronomia.
A respeito de Rhaeticus, Kepler contou uma anedota interessante:
Quando estava empenhado em decifrar as excentricidades da órbita de Marte, paralizado pela perplexidade e pela tensão, apelou, em último recurso, como oráculo, ao seu anjo da guarda. O indelicado espírito agarrou Rhaeticus pelos cabelos e bateu repetidas vezes a sua cabeça contra o teto; depois, largou o corpo que foi bater contra o soalho. E ao fim deste tratamento, acrescentou: “eis os movimentos de Marte”.
A piada pode ter um fundo de verdade e é bem possível que Rhaeticus, perturbado por uma especulação sem saída, se ergueu, furioso, e bateu a cabeça contra a parede...
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