sábado, 23 de janeiro de 2016

O quadro que é um tratado de astrologia

Leonardo da Vinci (1452-1519), além de artista genial, arquiteto, físico, engenheiro, astrônomo, inventor, escritor e músico, como homem do seu tempo não poderia deixar de interessar-se também pela astrologia. 

A astróloga brasileira Emma de Mascheville, através de um brilhante estudo, nos revelou que a sua tela “Última Ceia” contém um profundo significado astrológico. Há um simbolismo na composição do quadro, nas suas linhas, luzes e dimensões, que leva à conclusão de que foi concebido como se obedecesse a referências astronômicas e numero­lógicas. 

Assim, as linhas diagonais do quadro se cruzam no coração de Cristo, cuja cabeça está no centro do arco da porta, rodeado pelos doze apóstolos; temos aí uma analogia da “luz espiritual” e da luz solar, a fonte da vida rodeada pelos doze tipos humanos, divididos em dois polos, seis de cada lado. Portanto, conforme podemos ver no diagrama, são seis signos, de Áries a Virgo, à esquerda de Cristo, e seis à sua direita, de Libra a Peixes. Estudando as posturas e os biotipos, os gestos e as expressões dos doze apóstolos, Emma concluiu que estão representados no quadro na seguinte ordem(da direita para esquerda):


1 – Áries, Simão  2 – Touro, Judas Tadeu  3 – Gêmeos, Mateus 4 – Câncer, Felipe 5 – Leão, Tiago Menor 6 – Virgem, Tomé 7 – Libra, João 8 – Escorpião, Judas Iscariotes 9 – Sagitário, 10 – Pedro Capricórnio, André  11 – Aquário, Tiago Maior 12 – Peixes, Bartolomeu 

A Última Ceia é, pois, uma lição de psicologia e astrologia onde Da Vinci nos deixou o “testamento de todo o seu conhecimento oculto, numa época em que a fé e a ciência começavam a se separar”. Nos seus quadros “ele falava não só de arte, mas também do saber universal”. O simbolismo expresso nesta tela trata da correspondência dos signos opostos e da necessidade da harmonia entre eles. A lei da complementaridade dos opostos é um conhecimento que nos foi legado pela Antiguidade, através da astrologia e cada vez mais esquecida pelo homem moderno, mergulhado numa existência dual.  


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