Ao longo da Idade Média a Igreja nunca chegou a condenar expressamente a astrologia como um todo, mas perseguiu o charlatanismo e a crença deliberada no fatalismo astrológico total. Muitos padres e papas cultivaram a astrologia até a época moderna, embora oficialmente a Igreja desconfiasse da tentativa pagã de justificar as ações humanas por meio do determinismo planetário e estelar, o que implicava na negação da liberdade e, portanto, da responsabilidade do homem no mundo. Além disso, havia o risco de incentivar a adoração das divindades e potências sobrenaturais a que se atribui a regência dos astros.
Texto de Bira Câmara