sábado, 17 de outubro de 2009

Um imperador com senso de humor

Vespasiano, imperador romano de 69 a 79, proibiu os astrólogos de pisar território italiano, só fazendo exceção para Barbílio, a quem consultava. Desde a infância teve a convicção de que seria imperador um dia, devido a inúmeros presságios. Quando veio ao mundo, um arúspice anunciou à sua avó “que lhe nascera um neto que seria César”.

Texto de Bira Câmara

Tinha tal segurança no seu horóscopo e no de seus filhos que não se preocupava com as frequentes conspirações tramadas contra ele. Chegou a declarar no Senado “que a não ser seus filhos, ninguém mais o sucederia”. 

Suetônio conta que Vespasiano viu, em sonho, “uma balança em perfeito equilíbrio, tendo, num dos pratos Cláudio e Nero, e no outro ele e seus filhos”. E, por incrível que pareça, reinaram ambos os lados durante o mesmo número de anos. 

Pouco antes de morrer, acometido de séria doença, o imperador teimava em levar vida normal, dedicando-se às tarefas do Estado, apesar do alerta dos médicos. Ao que ele respondia: “É preciso que um imperador morra em pé”. 

Quando ouviu murmúrios de seus cortesãos a respeito da passagem de um cometa, que segundo a crença popular anunciava a morte do imperador, teria dito: “Este cometa cabeludo não tem nada a ver comigo. Ele ameaça o rei dos partas que é cabeludo; eu sou careca!” 

Não lhe faltava senso de humor: aos primeiros sintomas de sua doença, antevendo a própria morte declarou: “Ao que me parece, começo a ser deus”.

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